VAMOS VIVER ATÉ AOS MIL ANOS

Ana Catarina André escreve na "SÁBADO" nº 273, o seguinte:

"Tem menos de 60 anos? Sabe que pode ser uma das primeiras pessoas a comemorar o milésimo aniversário? Quem o diz é o cientista britânico Aubrey de Grey, que há 20 anos estuda o envelhecimento humano. O especialista quer descobrir como é que podemos evitar que o organismo se degenere com o tempo. E acredita que o primeiro ser humano a chegar aos 1000 anos já nasceu. "Há 50% de probabilidades de haver hoje alguém com 60 anos que chegue a essa idade. E acho que a maioria das crianças tem uma grande hipótese", disse à SÁBADO.

O segredo, explica De Grey, está na aplicação de tratamentos capazes de evitar as mudanças que acontecem no corpo ao longo do tempo."Dentro de 25 anos, conseguiremos fazer a manutenção do organismo de uma forma tão eficaz que evitaremos doenças", assegura De Grey, que durante 14 anos fez investigação na Universidade de Cambridge, em Inglaterra. E acrescenta: "Uma pessoa com 1000 anos terá o aspecto de um jovem adulto."

Neste momento, o cientista desenvolve o seu projecto na Fundação Strategies for Engineered Negligible Senescence, com sede na Califórnia, Estados Unidos. "É um plano muito detalhado para descobrir como reparar todos os tipos de danos que as nossas células sofrem ao longo do tempo", explica o coordenador do projecto.

Até agora, já foram feitas importantes descobertas, como a de algumas enzimas que podem evitar a degeneração da mácula (parte do olho).Esta é típica da velhice e leva muitas vezes à cegueira.

MAS, ANTES de procurar métodos para combater o envelhecimento, Aubrey de Grey definiu as suas causas: "A perda de capacidade das células para se renovarem, a sua mutação e a libertação de substâncias tóxicas aquando da sua morte são algumas. "Um dos importantes achados da fundação coordenada por De Grey foi a descoberta da forma como funciona o ADN das mitocôndrias (estruturas produtoras de energia nas células) que ao longo dos anos se alteram e são uma das causas do envelhecimento.

Mesmo que se consiga prevenir grande parte destas mudanças, De Grey garante que " continuaremos a morrer por outros motivos, como acidentes de viação" e que "nunca seremos imortais", porque "isso significaria incapacidade de morrer a qualquer idade". Algo, concluiu. "que a tecnologia nunca conseguirá fazer"."

Por comentário digo que muitas pessoas têm por desejo a imortalidade. Já os nossos antepassados pesquisavam a imortalidade do corpo, a jovialidade. A esperança sempre foi encontrar a forma de revigorar as células, tornando-as jovens para sempre. Já há vários sinais de avanço mas de concreto nada temos. MAS, QUEM QUER VIVER PARA SEMPRE?