Martinho da Arcada
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"O Martinho da Arcada é um café e restaurante histórico situado no Terreiro do Paço, em Lisboa, em Portugal.
O café foi fundado em 1778 com o nome "Café da neve". Teve vários nomes (Casa de Café Italiana, Café do Comércio, Café dos Jacobinos ou Casa da Neve) consoante os proprietários, até que foi adquirido por Martinho Bartolomeu Rodrigues, em 1845.
O Martinho da Arcada tem uma antiga tradição literária como café de escritores, dos quais o mais famoso é Fernando Pessoa (que tem uma mesa permanentemente reservada), mas também era frequentada por outras personalidades como Lopes Mendonça, Afonso Costa, Manuel da Arriaga, Bernardino Machado, França Borges, Cesário Verde, António Botto, Augusto Ferreira Gomes, António Ferro e Almada Negreiros.
Mais recentemente, o Martinho da Arcada passou a ter também uma mesa permanentemente reservada para o escritor José Saramago.
Por cima do Café, poderá vir a funcionar um museu dedicado a Fernando Pessoa.
Existe também em Évora, um conhecido restaurante de nome O Martinho da Arcada, situado em pleno largo Luís de Camões.
Entre outros, os Miminhos à Martinho e a sopa de Cação são uns dos pratos mais procurados nesta afamada casa de pasto".
Li agora no Jornal "SOL" que: duzentos anos após ter aberto, este magnífico café pode fechar as portas por falta de clientes. O actual dono, Sr. António Sousa, garante que os cerca de 60 autocarros que passam, na Rua de Alfândega, junto ao Terreiro do Paço, por hora,afastam os clientes do café histórico. Afirma que "o barulho é ensurdecedor e a poluição não se aguenta" e que já teve de dispensar dois dos 25 funcionários do café. "Em 20 anos, foi a primeira vez que despedi trabalhadores".
Desde Junho que a CML definiu como eixos de transportes públicos as Ruas do Arsenal e da Alfândega (entre a Rua da Madalena e o Terreiro do Paço), obrigando à concentração das carreiras naqueles eixos. É esse aumento de tráfego que está a afastar os clientes do Martinho, mas para já a autarquia e a Carris apenas prevêem desviar as carreiras 28,35 e 782 para a Ribeira das Naus. Algo que vai, segundo Luís Vale, sec.-geral da empresa de transportes, permitir retirar da zona do Martinho da Arcada "44 autocarros" na hora de maior movimento.Este responsável diz que seria impossível afastar ,as carreiras, por completo daquela praça. O responsável da Carris sublinha que os autocarros que circulam no Terreiro do Paço são "movidos a gás natural comprimido" um combustível menos poluente do que o gasóleo.
Mesmo assim , o dono do Martinho da Arcada não se conforma e assegura que o seu café ficará numa situação ainda mais complicada, quando a projectada requalificação do Terreiro do Paço criar novas áreas de esplanada na praça. "Vão surgir esplanadas em zonas onde não vai haver poluição nem barulho e o Martinho vai ficar em desvantagem", alerta, preocupado com as licenças que poderão ser atribuídas.
Apesar dos apelos lançados pelo dono do Martinho - que já promoveu uma conferência de imprensa para alertar para o risco de encerramento - a autarquia não quis fazer qualquer comentário.
Numa tentativa de recuperar tradições antigas e de chamar a atenção do público e da autarquia, o Martinho volta a apostar nas extintas Conversas à Quinta, uma recriação das antigas tertúlias do café, praticadas no séc. 19 e início do séc.20, por artistas, políticos e intelectuais.A série de tertúlias tem a sua inauguração do dia 3 de Setembro e vai terMário Soares a falar sobre a "Portugalidade de Lisboa".
Porque só os turistas resistem ao barulho infernal dos autocarros na esplanada, o que mais importa agora é recuperar o espírito de café, aquele ambiente familiar que havia. O café era uma segunda casa onde os clientes passavam muito tempo, conversavam, liam,etc.
"O MARTINHO TEM MUITOS AMIGOS, MAS NÃO VIVE SE NÃO HOUVER TRABALHO"
Não é verdade que só os turistas aguentem o barulho dos muitos veículos que passam mesmo
ResponderEliminarem frente à esplanada, pois também os portugueses por lá comem...
É evidente que aquele espaço é mtº. apetecível
e pode dar mtº. mais dinheiro, do que como
restaurante/café...Também os preços na sala
interior do restaurante são mais elevados do
que no exterior.Obviamente que o prejuízo começou por os de sempre"os trabalhadores"...
Por mim, lamentava o encerramento daquele
espaço, mas veremos.
Eu não conheço o espaço pq moro bem longe de Lisboa :D
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