Após 16 meses de luta contra a doença, diagnosticada em Março de 2008, a antiga presidente das Filipinas, Corazón Aquino, morreu no dia 01 de Agosto p.p., aos 76 anos, de complicações cárdio-respiratórias que se seguiram à operação a um cancro no colon.
'Cory' Aquino, o povo tratava-a carinhosamente por "tia Cory", foi a heroína da revolução do "poder popular" de 1986, uma revolta popular pacífica mas imparável, que se foi fortalecendo em torno da figura da viúva Corazón e que esteve na origem do fim da ditadura de 20 anos de Ferdinando Marcos que ordenou o assassínio político de seu marido Benignio, no aeroporto internacional de Manila, em 1983, quando regressava do exílio nos EUA.
Em 1986, cerca de um milhão de pessoas que agitavam rosários e flores conseguiram parar os tanques que avançavam contra os rebeldes apoiantes de Aquino numa revolução que levou Ferdinando e Imelda Marcos (esta alardeava luxo e despesas sumptuosas "ficaram famosas as centenas de sapatos de marcas caras que possuía, num estilo muito novo-rico") a abandonarem o país.
Foi a primeira mulher a ascender à presidência da República nas Filipinas e em toda a Ásia. Durante o seu mandato teve que resistir a sete tentativas de golpe de estado, normalmente de saudosistas militares da ditadura, alguns bastante sangrentos. O seu palácio presidencial foi alvo de morteiradas e depois deu-se a erupção do Monte Pinatubo, uma situação que teve graves efeitos sobre a economia do país.
Tornou-se um mito da democracia asiática, que a fez ser eleita mulher do ano pela "Times", em 1986 e nomeada para o Prémio Nobel da Paz, em 1987.
Era uma mulher de valores, admirada pelo Papa Bento XVI que expressou a sua "profunda tristeza" e ressaltou a sua "rejeição da violência e da intolerância" e o seu contributo para a "reconstrução de uma ordem política justa". Bento XVI ressaltou ainda, na mensagem " o valente comprimisso" de Corazón Aquino "pela liberdade do povo filipino".
Por ter agitado rosários e flores contra tanques;
Por se ter virado para a fé católica, em momentos difíceis;
Pela rejeição da violência e da intolerância;
Pela reconstrução de uma ordem política justa;
Por ter dado a liberdade ao povo e
Por ser MULHER,
OBRIGADO, "TIA CORY" e ATÉ SEMPRE.
Nem sempre gosto do comportamento de x mulher
ResponderEliminarna política, mas esta realmente mereceu as
palavras e o espaço que lhe dedicou no seu
blogue.