MASCARADAS

O conhecimento das máscaras
vem das pré-históricas culturas
com papel religioso,mágico e social
simulando grotescas figuras.

Eram usadas na Idade Média
por colheitas de muita riqueza,
ofereciam-se aos deuses cerimónias
em louvor da Mãe-Natureza.

Nos três dias de folia
mandavam as leis da tradição,
retirar a máscara a alguém
era a única excepção.

Na Europa encontramos tradições
de máscaras e mascarados,
surgem como objectos rituais
às magias e superstições ligados.

As tradições das máscaras
ainda gozam de vitalidade,
cá para os nossos lados
numa ou noutra localidade.

Vários nomes têm as máscaras,
Caretos,Diabos,Marcarões,
Chocalheiros,Morte e etc,
todas usadas nas representações.

Hoje,Carnaval da nossa tristeza,
estão em crise as próprias máscaras,
as máscaras normais de agora
são as nossas próprias caras.

Esqueçam-se as máscaras
do desgosto ou do conveniente.
Para estas já nos bastam
as que vemos habitualmente.

Viva o folguedo carnavalhesco,
as máscaras e os mascarados,
os herdeiros da alegria,
a pândega em ritmos acelerados.

Atentem todos vocês
nestas duas grandes verdades,
a cara de aço nunca é boa,
a cara alegre ganha vontades.
3 de Março de 1992