Café Âncora d'Ouro
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O Café Âncora d'Ouro, conhecido como O Piolho, é um café reputado como o local de encontro de estudantes da Universidade do Porto.
O café abriu em 26 de Junho de 1909. Tendo cumprido o seu centenário, pertence ao grupo dos cafés mais antigos do Porto.
[editar] História
O Piolho situa-se na Praça de Parada Leitão, n.º 45, facilmente visível a partir da Praça dos Leões.
A frequência é tradicionalmente do universo estudantil, em parte devido a estar rodeado pela antiga Faculdade de Ciências e pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto.
É voz corrente que o café terá ganho o epíteto de "Piolho" devido à aglomeração de estudantes num espaço que, face a tamanha afluência, começava a tornar-se exíguo. Uma outra versão é contada por Fernando Coelho dos Santos, antigo empregado do estabelecimento. Segundo ele, desaguavam logo pela manhã no café leiteiras, padeiras, carniceiras e outras comerciantes do mercado do Anjo (hoje Praça de Lisboa) que traziam uma caneca de alumínio e lá tomavam o café com leite. Os estudantes terão então chamado a essa frequência de clientes mais humildes "uma piolheira".[1]
Foi o primeiro café no Porto a ter electricidade e em 1957, o único a ter televisão. Foi também o primeiro a adquirir uma famosa máquina italiana de café "La Cimbali" que deu origem ao "cimbalino", nome que os portuenses dão ainda hoje ao café expresso.[1]
Os cafés sempre foram espaços públicos de acolhimento,socialização e convívio e sempre desempenharam um importante papel na história das artes,da literatura,do teatro e também da política.
João Gesta,escritor e programador cultural diz, no site notícias.sapo.pt, que "quando entrei para a Faculdade de Economia, o Piolho era a minha primeira casa. Foi lá que eu vivi os meus primeiros amores e conheci grandes amigos". Nos dias de hoje João Gesta reconhece que o papel dos cafés já não é o mesmo: "as pessoas já não estão pròpriamente nas mesas do café a forjarem planos revolucionários".Acredita,no entanto,que "a magia dos cafés ainda sobrevive".
Este café está a funcionar desde 1909.Diz o JN que "actualmente é uma das referências do Porto, não só pela sua história (que pode ler-se nas mensagens dos estudantes afixadas nas paredes) mas também pelas suas tertúlias."
Segundo o mesmo jornal, a" Escola Artística e Profissional Árvore associa-se às comemorações do centenário do "Piolho" e promove um encontro de poetas neste emblemático café portuense. Promover a partilha de testemunhos e de vivências ocorridas ao longo dos tempos no centenário espaço é um dos objectivos do encontro,que pretende reflectir também sobre o papel do "Piolho" como zona de criação e espaço lúdico.
Entre a dezena e meia de autores que já confirmaram a presença,figuram os nomes de Alberto Miranda,Alexandre Teixeira Mendes,Ana Luísa Amaral,Daniel Maia-Pinto Rodrigues,Fernando Morais e Rosa Alice Branco".
Este centenário faz-me olhar para trás com gratidão e para a frente com fé!!! Muitos parabéns.
Olá Nuno
ResponderEliminarEstive nos 100 anos do «Piolho». Com uma tuna a tocar, bebi champanhe e comi bolo e depois um café, numa chávena que foi feita para a ocasião e que as pessoas podiam trazer. Foi giro!?..
Um abraço.