Há pouco tempo atrás, o Tribunal Europeu de Direitos Humanos pronunciou-se contra a exposição de símbolos religiosos nas escolas públicas de Itália, porque contraria o direito dos pais ateus, agnósticos e de outras confissões religiosas de educarem os seus filhos de acordo com as suas crenças e também a liberdade religiosa de todos eles.
Esta sentença surgiu em consequência de uma queixa feita por uma mãe italiana contra a escola que os seus dois filhos frequentavam, exigindo a retirada do crucifixo por considerar a sua presença contrária ao princípio do laicismo em que queria educá-los.
Portugal, país católico e cristão, não podia deixar de entrar na polémica. Neste país,"em muitas escolas ainda subsiste a cruz de madeira sobre o quadro preto". Como é normal, há aqueles a quem parece muito bem, há aqueles a quem não aquece nem arrefece e há aqueles que denunciam a 'cristianofobia' da Europa.
"A Constituição dita a separação entre Estado e religiões, em relação à qual a presença de crucifixo nas escolas é desconforme, como em 1999 declarou o provedor de justiça. E se pais e dirigentes escolares tanto aceitam o símbolo como a sua retirada, a Associação Famílias de Braga denuncia a 'cristianofobia' e recorre ao argumento do governo italiano; o cristianismo é parte da cultura da Europa-se lho retirarem, ela 'fica sem nada'.
A identidade cultural do país é também a tolerância e diversidade em relação às outras religiões, prefere interpretar o sociólogo Moisés Espírito Santo. Arrumar os crucifixos das escolas é sinal de civismo e maturidade".
Há crentes e até não crentes que consideram que a presença do símbolo religioso não é negativa e lembram que o país é católico e cristão. Negar o direito de pendurar os crucifixos é tão injusto como obrigar a retirá-los.
O Vaticano também reagiu.Mostra-se chocado e defende que excluir o símbolo religioso da educação é um erro.
A sentença do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos também mereceu o aplauso da Associação Ateísta de Portugal, que lembra o carácter laico da escola pública de um Estado laico.
A Associação República e Laicidade sugere que se envie um ofício às escolas para que retirem de uma vez os símbolos religiosos.
A decisão deste Tribunal, pelo que li e na minha opinião é justa e protege o direito individual à liberdade religiosa. "Não impede que os indivíduos, as igrejas e as confissões religiosas exerçam o direito de exibir seus símbolos.Proíbe apenas o Estado italiano a exibir símbolos religiosos nas salas de aula das escolas públicas, caso contrário promoveria uma única religião e negava a educação laica para os seus cidadãos".
Fonte:Jornal de Notícias
Olá Nuno,
ResponderEliminarConsidero que se o país é laico, não tem razão de ser o crucifixo nos estabelecimentos de ensino públicos. As pessoas que professam certas religiões, têm a liberdade da prática das mesmas e exibir os seus símbolos de outras formas.
Evidentemente que o catolicismo é algo que ainda está entranhado na sociedade, mesmo para aqueles que se dizem não católicos.
Bom fim-de-semana.
Um abraço.
Professar x religião é um problema íntimo de cada pessoa, independentemente de estar ou
ResponderEliminarnão afixados determinados símbolos.
Um abraço