A exibição de animais vai ser proibida nos circos na sequência da publicação da lei nº 1226/2009. que também proíbe a compra de novos macacos, elefantes, leões, tigres e a reprodução dos animais já detidos pelos circos.
Portugal não está sozinho na proibição do uso de animais em circos. Outros países têm restrições com diferentes características, sendo o caso mais recente o da Áustria, que proibiu a utilização de todos os animais selvagens.
A Comissão Europeia esclareceu que o uso de animais em circos é uma questão nacional e por essa razão a Associação Europeia de Circos diz que não desistirá da batalha contra a proibição decretada por Portugal não devendo ser possível,"num mercado livre, que só os circos estrangeiros (com animais) possam actuar em Portugal".
Também os circos portugueses, na voz de Victor Hugo Cardinali, um dos nomes mais conhecidos do circo anunciam a luta contra a medida e caso esta não seja alterada, admitem mudar-se para Espanha.
"Vamos tentar inverter esta situação e explicar a quem de direito que esta medida não tem lógica.Sinto-me revoltado porque esta portaria não existe em nenhum país da Comunidade Europeia. Não percebo por que é que eu não posso procriar no circo, mas os Zoos e o Zoomarine fazem espectáculo de circo, no fundo, onde actuam os golfinhos, as focas, as araras e os passarinhos e eles podem procriar".
As associações de animais, por seu turno, dizem que os animais a trabalharem no circo são maltratados. Os animais estão presos, enjaulados e acorrentados e isso basta para não se frequentar circos com animais. Não é possível domar animais selvagens sem os surrar. sem estabelecer com eles uma relação de medo e dor.
Do "gladimal.blogspot.com" extraí o que se segue:
"Como tudo começa…
Muitos dos animais de circo, onde se encontram muitas vezes espécies protegidas, foram capturados nos seus habitats naturais por caçadores furtivos que mataram os progenitores para chegar às crias indefesas.
Depois de verem os pais morrer e de serem obrigados a fazer enormes viagens apertados em pequenas jaulas junto com outros animais, sem qualquer conforto, higiene ou cuidados são eventualmente vendidos a um circo.
O pior momento das suas vidas, porém, ainda está para vir. As pequenas criaturas não fazem ideia do que as espera.
Entregues ao circo e ao destino que os “tratadores” lhe pretendam dar, inicia-se o processo de treino ou seja, tenta-se quebrar o animal física e psicologicamente transformando-o num instrumento que possam facilmente manipular para atrair o publico.
Os animais são acorrentados ou presos dentro de pequenas jaulas, muitas vezes sem se poderem sequer mexer. A higiene e o conforto são esquecidos. São deixados ao frio ou ao calor independentemente das suas necessidades a nível climático.
Para satisfazerem os caprichos dos tratadores, são frequentemente espancados com barras metálicas, varas, pedaços de madeira e são chicoteados violentamente. As garras de ursos e felinos são arrancadas ou serradas para evitar ferimentos nos domadores e nos outros animais devido ao imenso stress que a vida circense lhes provoca.
São frequentes os dentes e narizes partidos, línguas cortadas, queimaduras no corpo provocadas por ferros em brasa e choques eléctricos e cortes profundos provocados por objectos pontiagudos. As lesões cerebrais causadas por pancadas na cabeça são também usuais. Uma técnica de treino também frequente é a privação de comida e água por longos períodos de tempo.
Muitos destes animais entram num estado profundo de depressão batendo constantemente com as cabeças nas grades e paredes das jaulas provocando lesões graves. Muitas vezes atacam os seus companheiros de cela como forma de libertarem a sua frustração ou mordem as próprias caudas e patas constantemente. Os movimentos repetitivos são um sintoma da depressão e desespero em que estes animais vivem.
Como tudo acaba…
No decorrer dos treinos violentos, muitos animais ficam irreversivelmente lesionados ou são abatidos, simplesmente abandonados em terrenos baldios ou vendidos a laboratórios.
São também frequentemente abatidos quando a sua raiva pelos que os maltratam extravasa e atacam os seus domadores. Há também casos em que os animais escapam dos circos e são abatidos impiedosamente pela polícia.
Como raramente têm acesso a cuidados veterinários, as doenças são frequentes e normalmente significam o abate do animal. Quando existem veterinários são facilmente corrompidos para fecharem os olhos à situação.
É assim que os circos recompensam uma vida de tortura e sofrimento: descartando-se dos objectos, das atracções que já não lhes dão lucro."
Esta portaria nº 1226/2009 voltou a pôr no centro do debate público conceitos como bem-estar e saúde animal, direitos dos animais e a relação homem/animal. Mas o que se entende por "bem-estar animal"? Têm os animais direito ... a direitos? Que animais? Mas não somos todos, humanos incluídos, animais?
Muitos dos animais de circo, onde se encontram muitas vezes espécies protegidas, foram capturados nos seus habitats naturais por caçadores furtivos que mataram os progenitores para chegar às crias indefesas.
Depois de verem os pais morrer e de serem obrigados a fazer enormes viagens apertados em pequenas jaulas junto com outros animais, sem qualquer conforto, higiene ou cuidados são eventualmente vendidos a um circo.
O pior momento das suas vidas, porém, ainda está para vir. As pequenas criaturas não fazem ideia do que as espera.
Entregues ao circo e ao destino que os “tratadores” lhe pretendam dar, inicia-se o processo de treino ou seja, tenta-se quebrar o animal física e psicologicamente transformando-o num instrumento que possam facilmente manipular para atrair o publico.
Os animais são acorrentados ou presos dentro de pequenas jaulas, muitas vezes sem se poderem sequer mexer. A higiene e o conforto são esquecidos. São deixados ao frio ou ao calor independentemente das suas necessidades a nível climático.
Para satisfazerem os caprichos dos tratadores, são frequentemente espancados com barras metálicas, varas, pedaços de madeira e são chicoteados violentamente. As garras de ursos e felinos são arrancadas ou serradas para evitar ferimentos nos domadores e nos outros animais devido ao imenso stress que a vida circense lhes provoca.
São frequentes os dentes e narizes partidos, línguas cortadas, queimaduras no corpo provocadas por ferros em brasa e choques eléctricos e cortes profundos provocados por objectos pontiagudos. As lesões cerebrais causadas por pancadas na cabeça são também usuais. Uma técnica de treino também frequente é a privação de comida e água por longos períodos de tempo.
Muitos destes animais entram num estado profundo de depressão batendo constantemente com as cabeças nas grades e paredes das jaulas provocando lesões graves. Muitas vezes atacam os seus companheiros de cela como forma de libertarem a sua frustração ou mordem as próprias caudas e patas constantemente. Os movimentos repetitivos são um sintoma da depressão e desespero em que estes animais vivem.
Como tudo acaba…
No decorrer dos treinos violentos, muitos animais ficam irreversivelmente lesionados ou são abatidos, simplesmente abandonados em terrenos baldios ou vendidos a laboratórios.
São também frequentemente abatidos quando a sua raiva pelos que os maltratam extravasa e atacam os seus domadores. Há também casos em que os animais escapam dos circos e são abatidos impiedosamente pela polícia.
Como raramente têm acesso a cuidados veterinários, as doenças são frequentes e normalmente significam o abate do animal. Quando existem veterinários são facilmente corrompidos para fecharem os olhos à situação.
É assim que os circos recompensam uma vida de tortura e sofrimento: descartando-se dos objectos, das atracções que já não lhes dão lucro."
Esta portaria nº 1226/2009 voltou a pôr no centro do debate público conceitos como bem-estar e saúde animal, direitos dos animais e a relação homem/animal. Mas o que se entende por "bem-estar animal"? Têm os animais direito ... a direitos? Que animais? Mas não somos todos, humanos incluídos, animais?
Fonte:Jornal de Notícias
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