segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

CASAMENTO GAY


Casamento "gay" aprovado em Conselho de Ministros

Em 17 de Dezembro último o Governo aprovou alterações ao Código Civil que permitem casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas a adoção ficou, por enquanto, posta de parte.
Foi uma das bandeiras do programa eleitoral do PS cujo compromisso era de eliminar as descriminações a propósito de casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. A adoção não fez parte desse compromisso.
Estava criada a polémica.A contrapor a "união gay sim, adoção não", imediatamente o PSD anunciou que, contra a proposta do Governo, ia apresentar no Parlamento um projeto de lei para criar a figura de "união civil registada", ou seja, "gays não casam, unem-se".
Por seu lado, o CDS-PP votará contra a proposta de lei do Governo, por considerar que permitirá "inevitavelmente" a adoção.
O PCP está a favor da decisão, mas considera que o alargamento da adoção "exige uma discussão aprofundada".
O BE aceita pacificamente este tema da adoção.
A Associação Ilga Portugal classifica a decisão do executivo como "histórica", apelando à Assembleia da Republica para seguir o exemplo. "Trata-se de uma proposta histórica após décadas de repressão e de silenciamento".
Muitas são as vozes que estão contra o casamento homossexual, principalmente devido à questão da adoção. Ao fim de seis semanas, a Plataforma Cidadania Casamento, que pretende a realização de um referendo ao casamento homossexual, conseguiu reunir 75OOO assinaturas exigidas por lei para que a Assembleia da Republica aprecie esta petição popular.
Os bispos entendem que o casamento gay constituiu "alteração grave das bases antropológicas da família e com ela da própria sociedade." Afirmam respeito pelos homossexuais, mas essa compreensão "não pode reverter na desestruturação da célula base da sociedade, que é a família baseada no verdadeiro casamento".
"Numa nota pastoral escrita no início de 2009, a Igreja reafirmou a sua oposição a qualquer lei que 'equipare uniões homossexuais a casamento de famílias constituídas na base do amor entre homem e mulher".

sábado, 2 de janeiro de 2010

O ANO 2010

2010 - Ano Europeu de Luta contra a Pobreza e a Exclusão Social.Em Portugal uma em cada cinco pessoas vive em situação de pobreza.No nosso país os APOIOS SOCIAIS salvam 23% das pessoas, mas há ainda 18% a viver com dificuldades. O tema foi escolhido em 2008.Já nesta altura a pobreza e a exclusão social eram motivo de preocupação, mas depois de uma crise económica que levou à falência centenas de empresas e colocou no desemprego milhares e milhares de pessoas era difícil pedir-se um tema mais pertinente para dar o mote ao Ano Europeu.Pretende-se chamar a atenção para este problema que afeta um quinto de toda a população europeia.
O Jornal de Notícias diz que segundo o "Eurobarómetro de Outubro, 61% dos cidadãos nacionais acreditam que o nível de pobreza aumentou fortemente nos últimos 12 meses. Muitos esticaram os rendimentos até ao limite e começam a sentir na pele as dificuldades."
88% dizem que, "se confrontados com uma despesa extra de 1000 euros durante este ano, provavelmente não a conseguiriam pagar.É também cada vez mais difícil fazer face às despesas fixas: 6% estão a deixar de pagar algumas contas, 37% dizem que lutam constantemente para as pagar e 36% dizem que, de vez em quando, têm dificuldades."
Por fim, "16% dos portugueses admitem que no ultimo ano, pelo menos por uma vez, ficaram sem dinheiro para pagar as contas fixas ou comprar bens de primeira necessidade."
Se no ano passado a situação já era muito má prevê-se que as coisas ficarão ainda piores este ano porque segundo os indicadores do Instituto Nacional de Estatística divulgados esta última semana, 18% dos portugueses (quase dois milhões de pessoas) viviam abaixo do limiar da pobreza.
O rendimento das famílias portuguesas deverá continuar a cair, sendo previsível um aumento de situações de pobreza, de fome e de exclusão social.
A União Europeia estabelece o limiar da pobreza em 60% da média do rendimento do país. No caso português, o valor é de 406 euros mensais por pessoa.
O fundador e presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza em Portugal (REAPN) diz no JN que "o país não pode viver de subsídios" e "defende fim das 'migalhas' e a implementação de uma política de desenvolvimento justa que possibilite e capacite todos para o mercado de trabalho".Diz ainda que "é mais cómodo calar os pobres com umas migalhas do que resover os problemas do país".
O funcionamento da Justiça foi considerado pelo Sr. Presidente da Republica como "um obstáculo ao progresso económico e social do País".
Na passagem de 31 de Dezembro para 1 de Janeiro não havia razão para tantas festas espalhadas por este Portugal à beira-mar plantado.
Fonte:Jornal de Notícias

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